Adam Smith (1723-1790) foi um economista e filósofo social do iluminismo escocês e é considerado o Pai da Economia Moderna.
Abordou questões como o crescimento econômico, ética, educação, divisão do trabalho, livre concorrência, evolução social, etc.
Filho do advogado Adam Smith e de Margaret Douglas, Adam Smith nasceu na pequena cidade portuária de Kirkcaldy, Escócia, em 16 de julho de 1723.
Ali não havia nenhuma atividade industrial exceto uma fábrica de alfinetes. Observando a organização e funcionamento deste estabelecimento, Adam Smith vai tomar contato com as novas formas de produção.
Perdeu o pai quando tinha apenas dois meses de vida. Esteve matriculado no Colégio “Burgh School of Kirkcaldy”, onde estudou latim, matemática, história e escrita.
A Teoria de Adam Smith
Adam Smith, considerado o formulador da teoria econômica, nasceu em 1723, em Kirkcaldy, na Escócia. Ele frequentou a Universidade de Oxford, e nos anos de 1751 a 1764 ensinou filosofia na Universidade de Glasgow onde publicou seu primeiro livro, A Teoria dos Sentimentos Morais. Contudo, foi com outra obra que ele conquistou grande fama: Uma Pesquisa Sobre a Natureza e as Causas das Riquezas das Nações, lançado em 1776.
Grande parte das contribuições de Adam Smith para o campo da economia não foi original. Porém, ele foi o primeiro a lançar os fundamentos para o campo desta ciência. Ele tornou o assunto compreensível e sistemático e seu livro A Riqueza das Nações pode ser considerado como a origem do estudo da Economia. Nesta obra, ele demonstra que muitas crenças econômicas populares são na verdade errôneas e autodestrutivas. Ele enfatizou que uma divisão apropriada da mão de obra pela sociedade, com cada pessoa se especializando naquilo que sabe fazer melhor, seria a melhor maneira de aumentar a produtividade e a riqueza de uma nação.
Além disso, Smith criticou as excessivas intervenções e restrições do governo sobre a economia, demonstrando que economias planejadas na verdade atrapalham o crescimento.
A ideia central de Smith em A Riqueza das Nações é de que o mercado, aparentemente caótico, é, na verdade, organizado e produz as espécies e quantidades de bens que são mais desejados pela população. Um exemplo pode ilustrar esta ideia: Vamos supor que os membros de uma população desejem muito consumir sorvete. Naquele momento há apenas um fabricante de sorvete. A partir do instante em que todos desejam comprar seu produto, ele pode cobrar preços muito altos.
Outras pessoas na sociedade percebem que este fabricante está ganhando muito dinheiro e então decidem também entrar no negócio. Logo haverá diversos sorveteiros e todos vão querer atrair o maior número de clientes possível. Para isso, eles vão desejar produzir o melhor sorvete reduzindo seu preço para o menor possível.
Principais Obras
Riquezas das Nações (1776)
Nesta obra Adam Smith buscou diferenciar a economia política da ciência política, a ética e a jurisprudência. Fez também duras críticas a política mercantilista e sua intervenção irrestrita na economia. Porém, a teoria principal defendida por Adam Smith nesta obra é a de que o desenvolvimento e o bem estar de uma nação advém do crescimento econômico e da divisão do trabalho. Esta última garante a redução dos custos de produção e a queda dos preços das mercadorias. Defende também a livre concorrência econômica e a acumulação de capital como fonte para o desenvolvimento econômico.
Teoria dos sentimentos morais (1759)
Do ponto de vista filosófico, é a obra-prima de Adam Smith. Os interesses especulativos do autor se concentravam na busca de uma resposta à questão “De que modo o homem, como indivíduo ou espécie, chegou a ser o que é” e em mostrar a condição atual do homem como o resultado de alguns fatores, poucos e simples.
As principais ideias de Adam Smith
Smith acreditava que a iniciativa privada deveria ser deixada agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria forçosamente não só à queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de baratear o custo de produção e vencer os competidores. Ele analisou a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a propulsionar a economia. Uma frase de Adam Smith se tornou famosa: “Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade.”
Liberalismo Econômico em Adam Smith
Adam Smith declara como sendo o objetivo central de sua teoria econômica a produção em seu aspecto social, no qual a base do crescimento econômico de uma sociedade se alicerça fundamentalmente no próprio trabalho dos homens.
Essa visão apresenta-se totalmente diferenciada das ideias mercantilistas, que enfatizavam a circulação de mercadorias como base do crescimento econômico e também dos fisiocratas, que atribuíam à terra a origem de toda a riqueza disponível para determinada sociedade.
Seguindo os ideais de muitos filósofos da época, Adam Smith acreditava que a natureza é o melhor guia do homem. Ele defendia que Deus (a Providência) dispôs as coisas de tal forma que, se as pessoas forem deixadas livres para alcançar seus sonhos, eles vão naturalmente agir favorecendo o melhor para a sociedade. Independente de terem ou não a intenção, as pessoas ajudam umas às outras, no intuito de auxiliar a si mesmas. Segundo esse pensamento, até mesmo os mais gananciosos levam, frequentemente, aos mais favoráveis resultados para todos. Considera-se este o trabalho da “mão invisível” da Providência
Adam Smith e a Economia
A ideia central de Smith em A Riqueza das Nações é de que o mercado, aparentemente caótico, é, na verdade, organizado e produz as espécies e quantidades de bens que são mais desejados pela população. Um exemplo pode ilustrar esta ideia:
Vamos supor que os membros de uma população desejem muito consumir sorvete. Naquele momento há apenas um fabricante de sorvete. A partir do instante em que todos desejam comprar seu produto, ele pode cobrar preços muito altos. Outras pessoas na sociedade percebem que este fabricante está ganhando muito dinheiro e então decidem também entrar no negócio. Logo haverá diversos sorveteiros e todos vão querer atrair o maior número de clientes possível. Para isso, eles vão desejar produzir o melhor sorvete reduzindo seu preço para o menor possível.
Este exemplo ilustra a premissa básica de Smith; o governo não precisa interferir na economia. Um mercado livre produzirá bens na quantidade e no preço que a sociedade espera. Isto acontece porque a sociedade, na busca por lucros, irá responder às exigências do mercado. Smith ainda escreve: “cada indivíduo procura apenas seu próprio ganho. Porém, é como se fosse levado por uma mão invisível para produzir um resultado que não fazia parte de sua intenção… Perseguindo seus próprios interesses, frequentemente promove os interesses da própria sociedade, com mais eficiência do que se realmente tivesse a intenção de fazê-lo”.
Adam Smith explica que a “mão invisível” não funcionaria adequadamente se houvessem impedimentos ao livre comércio. Ele era, portanto, um forte oponente aos altos impostos e às intervenções do governo, que afirmava resultar em uma economia menos eficiente, e assim fazendo gerar menos riqueza. Contudo, Smith reconhecia que algumas restrições do governo sobre a economia são necessárias. Este conceito de “mão invisível” foi baseado em uma expressão francesa, “laissez faire”, que significa que o governo deveria deixar o mercado e os indivíduos livres para lidar com seus próprios assuntos.
Deve-se saber que Smith não foi um economista ingênuo. Ele estava ciente dos abusos praticados por muitas empresas privadas, e denunciou as formações de monopólios, que ocorrem quando uma firma é a única produtora de um certo produto. Adam Smith também criticou seriamente as conspirações comerciais e cartéis que ocorrem quando um grupo de empresários, produtores de um mesmo bem de consumo, estabelece um determinado preço. Estes fenômenos econômicos poderiam obviamente prejudicar os trabalhos da “mão invisível” onde uma economia funciona melhor quando há bastante competição, resultando em produtos melhores sendo fabricados na quantidade apropriada e nos menores preços possíveis.
Capitalismo de Adam Smith
Smith define capitalismo como libertador, onde o homem pode manifestar livremente sua natureza, onde pelo trabalho e pela relação social é possível gerar riqueza social.
Um exemplo onde podemos ilustrar como a riqueza individual é transformada em riqueza social é o seguinte: Um produtor de sapatos produz seu produto para a sua subsistência e cria um excedente, esse excedente é levado ao mercado para ser trocado. Outro produtor, produz calças para sua subsistência e cria um excedente para ser trocado no mercado. No mercado esses dois produtores vão negociar seus produtos e assim por tanto aquele que tem necessidade de calças irá trocá-las pelos seus sapatos e vice e versa assim, o sapato que o produtor de sapatos produz também é do produtor de calças e suas calças também são do produtor de sapatos.
Por meio dessa dinâmica da troca, é possível a especialização, tomando como base o exemplo dos produtores de sapatos e de calças exemplifico: o produtor de sapatos antes precisava produzir suas calças, camisas, alimentos etc. Com a existência da troca, ele pode satisfazer suas necessidades a partir do mercado e se especializar apenas na produção de sapatos, assim ele produzirá mais e melhores sapatos e em menor tempo, com isso, o produtor de camisas pode fazer a mesma coisa e assim por diante.
Resumo das Ideias de Adam Smith
- “A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes”.
- “Impostos que visem a prevenir, ou mesmo reduzir a importação, são evidentemente tão destrutivos das rendas alfandegárias quanto a liberdade de comércio”.
- “No estágio adiantado da sociedade, portanto, são paupérrimas as pessoas que fazem comércio daquilo que os outros procuram como passatempo”.
- “Nenhuma nação pode florescer e ser feliz enquanto grande parte de seus membros for formada de pobres e miseráveis”.
- “Mas, mesmo que o trabalho seja a medida real do valor de troca de todas as mercadorias, não é por ele que seu valor é avaliado”.